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Visita técnica as lavouras de Canola

Na última sexta-feira (20-08), o Grupo de Trabalho DRS Biocombustíveis formado pelo Banco do Brasil, BSBIOS, UPF, Embrapa, Sindicato Rural de Passo Fundo, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Passo Fundo, Emater, Ministério da Agricultura, Associação dos Engenheiros Agrônomos de Passo Fundo, Prefeitura Municipal de Passo Fundo e Conselho Municipal de Desenvolvimento Agropecuário, realizou uma visita técnica de campo as lavouras de Canola da região. O objetivo foi verificar in loco o desenvolvimento dessa cultura e entender o que ainda é necessário para o que a área de cultivo cresça ainda mais.
Foram visitadas propriedades em Tio Hugo e Colorado, o roteiro ainda incluiu a visita a Produfort, em Colorado, empresa que fabrica plataforma para corte e enleiramento de Canola. Na primeira parada, na lavoura do Sr. José Moacir Rodrigues Muller, em Posse Muller, no município de Tio Hugo foi observada uma lavoura de 32 hectares. "No ano passado foram 21 hectares cultivados e nesse ano fiz uma área maior, é bom para a terra, a soja que plantei depois teve maior produtividade", afirmou. O técnico da COTRIJAL Leoder Machado que acompanha a lavoura destacou que "mesmo com a geada forte do ano passado a área plantada se pagou e a expectativa é melhor ainda para esse ano devido ao clima, as lavouras estão apresentando um potencial muito bom".
O pesquisador da Embrapa-Trigo, Dr. Gilberto Tomm, ressaltou o zoneamento agroclimático que foi conquistado em 2007, "uma boa lavoura de Canola deve levar em consideração o período recomendado para o plantio que é sempre no início do indicado no zoneamento. Essa lavoura pegou geada no início da floração, o que não ocasionou problema de abortamento da sílica, garantindo a produtividade". Para ele também devem ser levado em conta outros fatores. "Ao se fazer uma média de produtividade deve-se observar a uniformidade da lavoura, se há um padrão, se não foram deixadas linhas, ou seja, espaços ociosos. E, ainda deve ser avaliada a adubação, para que a planta seja sadia é necessária uma boa adubação, quanto mais fertilizantes aplicados maior será a produtividade," frisou.
Quanto a colheita da canola, ela pode ser feita de forma direta ou através do corte e enleiramento, através de uma plataforma. Em Colorado, a Produfort desenvolveu o equipamento, que de acordo com um dos sócios da empresa Lauro Fassini dá mais segurança ao produtor. "A colheita da Canola utilizando-se dessa tecnologia é mais garantida, pois a maturação da cultura apresenta-se de forma irregular, com o corte e enleiramento é possível driblar as intempéries do tempo já que a canola pode ficar na lavoura sem correr o risco de debulhar, o que com a outra forma não seria possível", destacou.
Para o produtor de Colorado, da localidade de Triunfo, Vilmar Sartori a canola em 2010 está melhor. "Esse é o segundo ano que planto e estou com boa perspectiva para a colheita, eu não vejo nenhuma dificuldade com a cultura. O trigo não dá mais para plantar não há mercado para ele, eu vou continuar plantando canola. A liquidez da cultura favorece ao produtor, é uma grande vantagem". A mesma opinião é compartilhada pelo produtor Jorge Pino, da Linha Paquinhas, também de Colorado. "A Canola é uma cultura que veio para agregar, com ela se tem a segurança na hora de vender, o preço está garantido", afirmou.
O Coordenador do Departamento de Fomento da BSBIOS, Eng. Agrônomo Fábio Júnior Benin, aproveitou a oportunidade para convidar a todos a participarem da abertura da Safra da Canola que acontecerá no dia 21 de setembro, em Colorado. "A atividade contará com dinâmica de máquinas de corte e enleiramento, estandes de assistência técnica para os produtores sanarem dúvidas, entre outros", ressaltou.